Coisas complexas...
Why only you matter to me in my life? You're my sun and you have blinded me
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No alto da falésia avisto o por do sol… Como ele descende sobre as águas do oceano. Uff, e como estou cansado! Já caminho há bastantes (dias, horas?)… Ou serão meses? Perdi a noção do tempo… Aliás,
o tempo não sabe nada,
o tempo não tem razão e eu chego a pensar que também a perdi. Pura e simplesmente agarro-me à hora que o destino marcou, ao tempo que não passou e em que escrevemos no espaço palavras de amor que nunca esquecerei, porque apesar do cruzamento do sonho com a realidade ter acabado, continuo à espera que um dia me voltes a trazer o mesmo sonho, ou pelo menos,
parte dele. Agora e na frente do sol que se põe…
Rasgo o presente colorindo-o com as cores do dia de ontem, na esperança verde de tão belos olhos…
Mas chega. Vamos (mais uma vez) fingir que tudo está bem e que tudo esquecemos. Mais uns passos adiante por esta estrada que teima em não mudar de rumo. Trago sacos pesados nas minhas costas, responsabilidades pessoais, responsabilidades com os outros, trago vitórias e fracassos, trago vivências e oportunidades perdidas, trago sorrisos e lágrimas, trago 19 anos de fortes vivências, das quais: tu,
a mais forte. Por vezes paro a meio do caminho e abro o saco, de onde dou prioridade às tuas coisas. Retiro-as, revejo-as, injectando em mim uma mistura de saudade, melancolia, desejo, paixão. Elas enaltecem o que há de melhor em mim, aquilo que
ainda bate por dentro. Há momentos em que parece que tudo esqueci, que o caminho é outro, que eu sou outro. Nem tento dar-te importância, pois sabe tão bem não estar “colado” a ti naquele momento. Mas tudo não passa de (mais uma)
ilusão. Na verdade algo me distraiu de ti por instantes, mas tu acabas sempre por voltar. Sempre! E já passaram cinco meses sobre tudo o que aconteceu, mas, sublinho, o tempo não sabe nada, o tempo não tem razão e eu não vou desistir, porque enquanto houver estrada para andar, eu vou continuar, contigo ou sem ti. No entanto, e mesmo que me tenhas ensinado a esperar por ti numa noite triste, eu ensinei-te, para além da loucura e da paixão, a não esquecer que o meu amor por ti existe e
sempre vai existir (ridículo não é?).
Passar uma história para o passado não é fácil, seguir em frente também não. Principalmente quando basta apenas um sorriso teu para mexer comigo, uma pequena palavra, um "olá", um "até amanhã" para estragar tudo... Não é simples, nada é simples; é demasiado complexo para ambos entendermos.
(sem inspiração; apenas um desabafo do momento)