segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

A chave...
"nós somos perguntas, não somos respostas. e quando descobrimos as respostas, mudam as perguntas..."
António Lobo Antunes


eu sabia que não conseguias. foste buscar de novo a chave, voltaste a rever as fotos, a ver tudo de novo? - sim. - e vais seguir em frente, mesmo que isso signifique a tua auto-destruição? - vou. - e porquê? - sabes bem que não sei porquê. - não sabes porque não queres saber - como as coisas mudam... - nada é eterno. - por essa perspectiva, esta situação também não é eterna... - resta saber quanto tempo queres que ela dure. - o tempo que for necessário até perder, ou vencer - a vida não é um jogo, e a tua felicidade depende de decisões feitas na hora certa. e esta é a hora certa. - é a hora certa porquê? - e se estiveres a perder tempo demais com coisas insignificantes? - chama-lhe coisas insignificantes... - cada um dá a importância que acha que deve dar àquilo que faz da sua vida. se para ti é importante, força. - não tenho mais nada a perder, acho que já perdi o que me era mais importante. - podes perder outras "coisas" igualmente importantes. - então vê por outra perspectiva. a lua, a terra e todos os outros nove planetas constituem por si o sistema solar; mas que seria deles sem o sol? - há outras estrelas... - mas longes e impotentes para todos aqueles planetas, não é? o sol não se pode apagar, senão os outros planetas correm o risco de "morrer". agora aplica isto a mim. - precisas mesmo de tudo isto...? - oh se preciso! como preciso... - e não consegues mesmo esconder aquilo que sentes... - aquele olhar conquistou-me, vai ser impossível esquecer tão verdes olhos... esconder? não... apetece-me gritar aquilo que sinto, não esconder... não mesmo.

17 comentários:

Joana disse...

Amei o texto!! :D

Continuaa...

Inês disse...

Não escondas Afonso, nunca escondas! Não serve de nada... porque por muito que escondas dos outros, tu sentes na mesma.

Segue o teu coração, por mais errado que ele possa estar. E eu acredito que os corações não se enganam... quanto muito, deixam-se levar.

Um beijo enorme :)

Ana Monteiro disse...

A música, Afonso. A música! Gostei mesmo.

Insignificância é tão relativa.

*

P.S.: Plutão já não é planeta. :$

Ana disse...

Adorei :)

Afonso Arribança disse...

Obrigado pelos comentários.

Ana, quando eu estava a escrever os "nove planetas" pensei nisso. Mas para mim Plutão continua a ser planeta. Deixei estar. :P

Carla disse...

então o melhor é mesmo não esconder...mesmo que daí novas perguntas surjam, para as quais nem sempre temos resposta
beijos

Unknown disse...

lobo antunes, o about mim baseia-se nesse excerto :) vou seguir *

Unknown disse...

o meu about me *

Rumo das palavras disse...

todos temos a noção de que nada é eterno, nada pode ser eterno.

beijinho*

filipa disse...

Não escondas nunca aquilo que faz de ti um ser humano completo.
A eternidade depende do significado que cada um de nós dá às várias coisas da vida... e esse sentimento, para ti, é eterno!

Parabéns pela tua escrita*

Beijinho, Afonso.

(diz-me o nome desta música, porque a conheço de algum lado e não sei quem a canta sequer :$)

U disse...

:| WOW!

Sugarcube ♥ disse...

Texto absolutamente perfeito :')
Beijinho *

Sugarcube ♥ disse...

E eu posso dizer que ainda os tenho, mas falta-lhes alguma coisa :x *

Sugarcube ♥ disse...

Já me conformei com isso e parece-me que agora está a voltar, aos poucos, mas está.
O sentimento ainda existe ou são apenas as saudades? :x

Sugarcube ♥ disse...

Se o sentimento ainda for mútuo há sempre esperança de que tudo volte. Boa sorte, espero que esse fim não seja mesmo para sempre :p *

A Coração disse...

Este texto teve assim algo de especial para mim. Identifiquei-me tanto, tanto com ele.

:)

code disse...

parabéns pelo espaço que tens aqui.

abraço,
André.