sentado no vazio, levavas as mãos à cara e olhavas o teu reflexo esbatido no espelho… eras hoje uma sombra daqueles dias de glória, uma parte do que já foste e já não eras. tinhas rugas criadas pelo sofrimento. fragmentos, era tudo o que restava, fragmentos de ti, manchados por tristeza e melancolia. Foi quando foste buscar o álbum de fotos… ligaste a televisão e te sentaste no sofá. levaste-te a percorrer as memórias de um passado que ficou lá bem atrás, olhando atentamente retratos empoeirados de dias felizes, de sorrisos voluntários, de um gracioso estado de espírito que desconhecia o que era sorrir forçadamente para manter as aparências… mas o reinado da eterna felicidade acabou. quem mais jura mais mente não é? e os sorrisos que juram ser eternos são os mais falsos. pois é! iludem-nos e fazem-nos acreditar que aquele precioso momento, aquele feliz instante inexplicável sei lá eu como, vai durar a vida toda.
“basta!”, disseste naquele momento. ahaha! como se o que dissesses fosse sentido. já não tinhas forças para lutar contra aquilo que querias e sentias, dissesses o que dissesses. quando bebeste um gole de água e pousaste o copo, ficando a olhar para a janela, eu percebi que tinhas vontade de desaparecer, de sair dali… talvez mesmo de fugir de ti. e naquele instante, lá fora parou de chover. era o momento ideal, o sol tinha voltado, ainda que por meros instantes. e eu sabia que tu ainda sabias aproveitar os raios de sol que te chegavam, mesmo que tivesses consciência de que não os terias o dia inteiro.
desligaste a televisão e, ao fechar os álbuns de fotografias, deixaste cair uma lágrima numa das fotos. a mancha ficaria lá para sempre para talvez um dia alguém reparar nela… fechaste o álbum e guardaste-o numa caixa, fechando essa mesma caixa num armário, o qual fechaste também à chave. embora estivesses determinado a fechar para sempre algo que te incomodava, sabias que não conseguias. e por isso não deitaste a chave fora. guardaste-a… e num sítio onde saberias que ela sempre lá estaria.
estavas pronto… no auge da motivação, calaste os teus pensamentos e os teus sentimentos. tinhas decidido aprender com o tempo, e querias ser tão frio como o frio que estava lá fora. vestiste um casaco, abriste a porta e saíste de casa. Como saíste!
e agora vai em frente, corre, porque a vida não espera por ti. ;)
(Somos tão parecidos)
“basta!”, disseste naquele momento. ahaha! como se o que dissesses fosse sentido. já não tinhas forças para lutar contra aquilo que querias e sentias, dissesses o que dissesses. quando bebeste um gole de água e pousaste o copo, ficando a olhar para a janela, eu percebi que tinhas vontade de desaparecer, de sair dali… talvez mesmo de fugir de ti. e naquele instante, lá fora parou de chover. era o momento ideal, o sol tinha voltado, ainda que por meros instantes. e eu sabia que tu ainda sabias aproveitar os raios de sol que te chegavam, mesmo que tivesses consciência de que não os terias o dia inteiro.
desligaste a televisão e, ao fechar os álbuns de fotografias, deixaste cair uma lágrima numa das fotos. a mancha ficaria lá para sempre para talvez um dia alguém reparar nela… fechaste o álbum e guardaste-o numa caixa, fechando essa mesma caixa num armário, o qual fechaste também à chave. embora estivesses determinado a fechar para sempre algo que te incomodava, sabias que não conseguias. e por isso não deitaste a chave fora. guardaste-a… e num sítio onde saberias que ela sempre lá estaria.
estavas pronto… no auge da motivação, calaste os teus pensamentos e os teus sentimentos. tinhas decidido aprender com o tempo, e querias ser tão frio como o frio que estava lá fora. vestiste um casaco, abriste a porta e saíste de casa. Como saíste!
e agora vai em frente, corre, porque a vida não espera por ti. ;)
3 comentários:
não sei o que dizer mais para além de: adorei o texto, mesmo :D
"fragmentos de ti, manchados por tristeza e melancolia."
Infelizmente muitos acabam virando apenas fragmentos de si mesmo!
Tentando se apegar a algo morto e falso, que um dia existiu, mais hoje, apenas não faz mais sentido.
Se soltar das algemas ainda não é fugir da prisão!
A caixa ainda ficou lá, as chaves guardadas, o sonho destruido.
Acho que eu sempre tentei escrever isso que você escreveu, mais nunca consegui!
Parabéns, faço das suas palavras as minhas!
Ah e coloquei um link para você em meu blog viu?
Obrigada por esses minutos maravilhos!
texto LINDOO ! ..
agora é seguir em frente ..
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