"O homem mergulha na multidão para afogar o grito do seu próprio silêncio."
Rabindranath Tagore
Foto daqui
O mundo lá fora está cheio de gente. Mas vazio.
Vagueando pelos ecos de uma solidão acompanhada, afasto-me daquilo que resta da minha sanidade mental. Procrastino-me, à vida, à racionalidade, submergindo na fatalidade que construí ao abdicar de mim. Que tristeza... Olhar para trás, numa inútil sincronia de imagens e sons mentais a que chamam de nostalgia, poder sentir a minha identidade desvanecer-se numa fusão omnipotente com uma desrealidade, com aquilo que não sou. Desisti de mim. E quando tentei procurar-me, já não me encontrei. Porque já não era eu.
Afonso Costa
4 comentários:
É por isto que eu adoro ler mais que escrever. Para ler textos assim, para mergulhar neles perdendo-me em palavras, nos encadeamentos, nos sentimentos que provocam, dos momentos que me lembram, nas aprendizagens que ficam. É por isto que eu te adoro ler. É sempre uma nova aventura, uma boa aventura.
p.s - E as músicas são sempre espectaculares! (:
Triste,mas lindo. Partilho da mesma opinião... só nos conseguimos encontrar no silêncio da solidão.
Afonso,
Infelizmente é mesmo assim....
Bj cheio de luar
união de frases perfeita. mesmo.
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