sábado, 12 de novembro de 2011


"A vida ensinou-me a dizer adeus às pessoas que amo, sem tirá-las do meu coração."
Charles Chaplin


    Jorra de dentro de mim, como fogo de dentro de um vulcão, a mais pútrida danação que emerge da profunda raiva com que povoas, por contrato de arrendamento temporário, o meu coração. Cuspo por ora, assim, sobre o teu nome. E o contrato acabou.
    Adeus.

Afonso Costa

7 comentários:

Anónimo disse...

Provavelmente a maior forma de mostrar que se gosta de uma pessoa é tirá-la da nossa vida sem a mexer do nosso coração *

maria gabriella disse...

escreves tao bem afonso :o

Francisca. disse...

Adorei *-*
E a foto está fantástica!

Ana disse...

:'

andré maia disse...

Um papel amarrotado. Talvez a necessidade de repensar a decisão. Talvez o desejo de manter uma ponte - mesmo que frágil - entre o coração e a realidade.

Talvez a vaga percepção de que o contrato permanece válido algures na memória. Talvez o adeus não seja definitivo!...

qel disse...

muito forte, como se quer. quase que sinto a força com que a caneta é pressionada. *

Lipincot Surley disse...

forte,
abraço