domingo, 12 de dezembro de 2010


"Como é a vida... Há muita coisa incompreendida"
Fernando Pessoa

«Caro amigo,

     O ano aproxima-se do fim... Escrevo-lhe para lhe agradecer tudo aquilo que passei consigo e para agradecer todas as vezes que me ouviu falar, a chorar ou na mais absoluta das racionalidades, sobre os problemas que me apoquentam. É intrínseco ao ser humano pensar no seu passado e no seu futuro. Agora que o ano se aproxima do fim, mais uma vez deparo com os meus intelectos em choque um com o outro. Se por um lado penso - racionalmente - naquilo que vivi e naquilo que tenho de viver, por outro, penso - emocionalmente - e com orgulho naquilo que vivi e nas ânsias de mais viver. Dois mil e oito foi gratificante e considero-o o melhor ano da minha vida, pois com ele me permiti criar bases para toda a estabilidade que vim a construir até aos dias de hoje. Dois mil e nove foi, sem dúvida, o grande ano da instabilidade, porém de uma enorme aprendizagem que me permitiu construir conceitos e regras pelas quais me orientarei toda a vida. Dois mil e dez foi-me dado como um grande presente e como o grande resultado da luta vivida até então, e de entre a grande estabilidade vivida e conquistada, fui feliz como nunca antes fui.
     É assim que penso em cada ano que passo: aquilo que aprendi, aquilo que vivi, e aquilo que ficou por viver - que será vivido sabendo os passos que terei de dar e aqueles que não poderei dar. Estar-lhe-ei eternamente grato pela sua atenção e pela sua amizade, Mar. Voltarei a escrever-lhe num futuro próximo, espero que esteja tudo bem consigo, como sei que deverá estar, no sítio onde tudo está sempre bem, onde eu também gostaria de estar...

Cumprimentos do sempre seu,

Afonso Costa »

4 comentários:

squaretee disse...

Eu por acaso faço a minha reflexão no inicio de cada ano lectivo, não no fim do ano civil :P

(Já to devem ter dito milhões de vezes, mas o texto à direita do blogue está perfeito!)

Anónimo disse...

Obrigada afonso pela tua passagem no meu espaço, gostei da tua introspecção. Se a fazes é porque tens algo a dizer sobre as coisas que a vida te foi proporcionando .

Beijinho *

Anónimo disse...

Que fantástico Afonso *

Anónimo disse...

Ler-te faz-me bem. De tão bom que é, Afonso!