“Torna-te o que tu és!”
Friedrich Nietzsche
[Foto: Portugal dos Pequenitos, Coimbra, Abril 2009]
Ode à liberdade
Quanto ou quando o faças,
Fá-lo na suprema totalidade de ti,
E que quando forças expirarem,
de ti só levem as mesmas
Menos a vontade e a inteligência.
Terás tudo o quanto quiseres
Se perante Deus te sentires
Rei de ti próprio e a Ele
Nada pedires, porque assim
Terás tudo aquilo que almejastes.
Mas não esperes sentado
Porque aos Deuses também
a inteligência foi dada.
Trabalha e canta pelo campo
E no final colhe as suas flores.
Dá de ti o máximo que não tens,
Alcança o que não te foi permitido,
Porque a regra é quebrá-la;
E os vencedores sê-lo-ão
Se assim o resolverem.
Consumados os factos, sê livre
Nas regras que construístes,
Nas leis que são tuas,
E serás tu e não outros.
Afonso Costa
Afonso Costa
15 comentários:
Afonso
estou deleitado com a singeleza deste poema, desta ode, desta interpelação directa ao outro.
Está qualquer coisa para além de divino.
Obrigado, Afonso. Uma pérola, acredita.
Um abraço amigo
fiquei incrivelmente admirada com a capacidade que algumas (poucas) pessoas, têm de fazer poemas, lindos, como aquele que tu fizeste. estás de parabéns.
continua. um beijinho
Parabéns Afonso, está muito muito bom. Que grande liçao :)
Posso dizer que simplesmente adorei este magnífico poema.
"Consumados os factos, sê livre
Nas regras que construístes,
Nas leis que são tuas,
E serás tu e não outros."
Liberdade!
tão lindo *.*
está lindo +.+
gostei muito Afonso :)
omg :o
muitos parabéns :') *
Para ser grande, sê inteiro...
Para ser grande, Sê inteiro: nada
Teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa. Põe quanto és
No mínimo que fazes.
Assim em cada lago a Lua toda
Brilha, porque alta vive.
Ricardo Reis
Foi o poema que me veio á mente assim que comecei a ler. De facto devemos nao so lutar inteiramente com todo o corpo e alma em tudo o que fazemos como tambem colher os frutos desse trabalho, seja lá o que for.
'E que quando forças expirarem,
de ti só levem as mesmas'
Mais que singelo, ou unicamente maravilhoso é verdadeiro. Parabens por isso :)
"Dá de ti o máximo que não tens,
Alcança o que não te foi permitido,
Porque a regra é quebrá-la;
E os vencedores sê-lo-ão
Se assim o resolverem."
Está soberbo! Todo o poema. Se algum dia escreveres um livro tê-lo-ei entre os da minha cabeceira.
:)*
oh, se não te venero, oh oh
Fabuloso.
Genial! :)
muito bom o teu poema...mas a liberdade plena não é nada fácil de alcançar
beijos
Ode à liberdade é quase um pleonasmo. Ode porque triunfal, livre porque triunfante.
Adorei Afonso.
Enviar um comentário