"A vida é a arte do encontro,
embora haja tantos desencontros pela vida."
Vinícius de Moraes
Foto por Bernardo Arribança
Que o adeus seja silêncio escrito nas entrelinhas de um poema nunca encontrado. Que chovam reticências sobre o negro alcatrão dos caminhos que se perderam aqui e além. Que se escrevam lágrimas abraçadas a lembranças de te poder encontrar no largo onde renascia sempre que em teu olhar tropeçava. E que se parta a vasilha que se enche de pranto sob o luar de nossas mãos desencontradas. Que te componha suavemente nas teclas do piano sempre que por tuas memórias me ousar, que se gritem as saudades que da sinfonia se formarem, e que se calem as vozes que te me levam para longe da minha terra. O poema que calei, escrevi-o na sombra do luar na noite em que parti para me desencontrar de ti. Precário de ti, rasguei o meu coração e gritei versos de Saudade ao mar para que este me levasse para perto de ti novamente, para que te pudesse abraçar tão simplesmente. Que o adeus seja silêncio escrito nas entrelinhas de um poema nunca encontrado... e que a despedida seja só o nefasto desencontro antecedente de um próximo grande encontro.
Afonso Costa
9 comentários:
tão lindo! :o
eu comprava definitivamente um livro que tivesse esta passagem, está tão poeticamente delicado :)
É certo que a muito que por aqui não passo, mas vim em boa altura até porque ler estas tuas palavras se tornam magicas e encatadoras e adorei a ultima frase .
Beijinho *
"Precário de ti, rasguei o meu coração e gritei versos de Saudade ao mar para que este me levasse para perto de ti novamente, para que te pudesse abraçar tão simplesmente."
das melhores coisas Afonso *
que lindo.
wow!
Lindo!
Quando Deus fecha uma porta, abre uma grande janela. ;)
Beijinhos
Vir aqui sabe sempre bem!
tu tens noção de que de todos os blogs e textos que eu já li tu és dos melhores escritores ou até mesmo o melhor, já venho aqui ao teu blog há bastante tempo e agora é que decidi comentar.
GOSTO MESMO
até metia um like do facebook xD
Enviar um comentário