"Se procurar bem você acaba encontrando.
Não a explicação (duvidosa) da vida,
Mas a poesia (inexplicável) da vida."
Carlos Drummond de Andrade
Vem, deitemo-nos à beira-mar.
Resplandeçamos plácidos ante os Deuses
E guardemos aquilo que nos faz ser aquilo que somos -
Não tanto ao corpo nem tanto à alma -
- Mas o que deles se forma.
Vem, deita-te comigo, no agora que fica
Para aqueles que dele se fazem servos - o amor.
E que, de braços esquecidos ao longo do corpo,
Nos prostremos à eréctil fórmula do desejo -
impossível aqui, absurda e condenável.
Que seja então, ao som do nevrótico marulhar do mar
E da loucura exaltada por quem não somos (Deuses),
Sagrada, venerável, ante a corpolência cansada,
A arte de amar, hoje e agora,
O céu e o Teu corpo.
Afonso Costa
10 comentários:
ena.
adoro.
será porque (segundo futuros psicologos afirmam, pelo menos) sou ninfomaníaca?
Joana*
é óptimo ler isto tudo que aqui tens Afonso *
O amor é tão lindo! Adorei!
Beijinhos
Wow. Que bonito que és.
"Não te esqueças, isto é, esquece-te! O mais difícil é ficar outra vez ignorante! Aquela genial ignorância onde se começam todas as coisas deste mundo..." - Almada Negreiros
:) Beijinho, Afonso.
(da "Ariel", o anterior.)
Afonso,
È bom sentirmos que estamos vivos.
E sentir que o Amor vai ...mas tambem volta em formas diferentes e lugares não antes conhecidos.
Belo teu poema.
Bj com luar
Custa bem que chegue.
Obrigado por compreenderes.
Beijinho*
há saudades que por muito que custem a passar suavizam todo o resto *
A arte de amar e a arte de o mostrar em palavras :)
E que a vida eternize este poema e toda a sua origem
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