terça-feira, 1 de março de 2011


"Se procurar bem você acaba encontrando. Não a explicação (duvidosa) da vida, Mas a poesia (inexplicável) da vida."
Carlos Drummond de Andrade


Vem, deitemo-nos à beira-mar.
Resplandeçamos plácidos ante os Deuses
E guardemos aquilo que nos faz ser aquilo que somos -
Não tanto ao corpo nem tanto à alma -
- Mas o que deles se forma.
Vem, deita-te comigo, no agora que fica
Para aqueles que dele se fazem servos - o amor.
E que, de braços esquecidos ao longo do corpo,
Nos prostremos à eréctil fórmula do desejo -
impossível aqui, absurda e condenável.
Que seja então, ao som do nevrótico marulhar do mar
E da loucura exaltada por quem não somos (Deuses),
Sagrada, venerável, ante a corpolência cansada,
A arte de amar, hoje e agora,
O céu e o Teu corpo.

Afonso Costa

10 comentários:

Joana disse...

ena.
adoro.

será porque (segundo futuros psicologos afirmam, pelo menos) sou ninfomaníaca?

Joana*

Anónimo disse...

é óptimo ler isto tudo que aqui tens Afonso *

Anónimo disse...

O amor é tão lindo! Adorei!

Beijinhos

Anónimo disse...

Wow. Que bonito que és.

"Não te esqueças, isto é, esquece-te! O mais difícil é ficar outra vez ignorante! Aquela genial ignorância onde se começam todas as coisas deste mundo..." - Almada Negreiros

:) Beijinho, Afonso.

Anónimo disse...

(da "Ariel", o anterior.)

Moonlight disse...

Afonso,

È bom sentirmos que estamos vivos.
E sentir que o Amor vai ...mas tambem volta em formas diferentes e lugares não antes conhecidos.
Belo teu poema.

Bj com luar

nnie disse...

Custa bem que chegue.
Obrigado por compreenderes.

Beijinho*

Anónimo disse...

há saudades que por muito que custem a passar suavizam todo o resto *

Secreta disse...

A arte de amar e a arte de o mostrar em palavras :)

Isa Meireles disse...

E que a vida eternize este poema e toda a sua origem