domingo, 29 de novembro de 2009


“Existo onde não penso”
Sigmund Freud


Todos nós temos várias janelas partidas na nossa vida: umas são-nos visíveis, outras não (umas poderemos vir a descobrir, outras morrem enterradas connosco). Por norma ditam alguns comportamentos, atitudes, criam confusões e incertezas...
Aquele é, provavelmente, o maior buraco na casa da sua vida. Aquele que ele não sabe de onde veio, porque veio, para onde vai… Porque o leva. São retalhos do passado, escondidos algures onde não os consegue encontrar, naquela imensa casa, com tantos lugares por descobrir… 'Um algures' com quase tantos anos quanto a sua existência, que clama pela chegada de alguém, seja quem for, seja quem puder compreender e lhe diga a verdade. E o que é a verdade senão a mentira de cabeça pra baixo? Aquela mentira que a vida lhe impõe pela ausência de uma peça. Sem essa peça essencial do puzzle, arrisca-se a viver – sem saber – uma mentira durante toda a sua vida.

Afonso Costa

12 comentários:

Carolina disse...

Fantástico, Afonso *-*

Dianne disse...

Custa-me comentar dos teus post's.
Acredita.

U disse...

a peça nova?

Inês Sousa disse...

tens tanta razão.
gosto bastante dos teus textos!

maria gabriella disse...

escreves mesmo bem :)

R. Branco disse...

Conseguiremos fugir assim por tanto tempo da verdade? Tenho medo de me habituar ao vazio onde a peça devia estar e acomodar-me com a mentira.
Bom texto, boas palavras
Fez-me bem :)

Anónimo disse...

Eu estou a ouvir ao telefone :b

Anónimo disse...

Não se perceba lá muitas coisas, mas como eu já ouvi a musica que queria, já desliguei :D
Mas é fantástico !

S* disse...

Tenho plena consciencia das minhas janelas esburacadas...

maria gabriella disse...

Obrigada (;
Os teus textos são tão belos, Afonso!

Anónimo disse...

"Existo onde não penso."
É mesmo assim! :)

rafaela veiga disse...

escreves muito bem e gosto muito das fotografias :) continua!