[Imagem: google]
Antes de mais, desculpa.
Quiseram, naquele dia, os deuses dividir o meu caminho em duas saídas. Acredito que tudo acontece por uma razão, e perdoa-me a ousadia de criar uma razão para tu teres aparecido na minha vida.
Não sou, nunca serei e não quero mesmo ser o centro do universo, mas quando pensei que tudo estava sobre controlo, acabei por te dar a mão e seguir pelo caminho que julguei ser o correcto para mim e para ti.
As estrelas por vezes observam os nossos passos e eu ousei desafiar o que está mais acima de mim, o que é mais forte que eu, em prol da mania que tenho de pensar que tudo controlo. Sou leão, mas não tenho controlo, nem sobre a razão nem sobre a emoção. E o caminho que juntos percorremos logo me levou de volta a um novo cruzamento através do qual eu tive que seguir o meu caminho… sem ti.
Não sei se, hoje, sou a pessoa que ontem conheceste.
Não sei se, hoje, mereci tudo o que fizeste por mim; nunca ninguém fez tanto.
Não sei se alguma vez merecerei um coração tão bom quanto o teu.
O nascer do sol trouxe hoje com ele o orvalho quente do verão de volta aos meus olhos, fez-me sentir o desconforto de alma que sentia (qual alma, se não a tinha há tempos?), fez-me ter a certeza convicta de que o que existe entre nós não merecia nem nunca merecerá a minha falta de sinceridade. Foi por isso que me ausentei, e perante a tua preocupação, avancei com o meu pedido de desculpas, que não disse, mas pensei em dizer.
A alma que de amor se ergue, perecia à tua frente, sem ele, e eu escondia-me de ti, porque talvez tivesse esperanças de que tudo voltasse a ser o mesmo. Mas como maior cego é aquele que não quer ver, deixei-me morrer atrás daquela árvore da esperança.
Porque quis Afrodite que eu visse em ti a minha salvação daquele buraco em que caía, dia após dia, se quis agora o destino que, com as forças que me deste, voltasse a seguir em frente, como se te tivesse usado para vencer mais uma batalha neste jogo do amor?
Soubeste sempre que havia outra pessoa entre nós, soubeste sempre que a outra pessoa é o amor da minha vida, que nunca a esquecerei, que nunca desistirei dela, e que no dia em que desistir, o sentido da minha existência perecerá comigo no mesmo sítio em que caía antes de me teres dado a mão.
Que o mar me leve agora o privilégio do teu sorriso, o vento, a maresia, o sal do corpo de volta p’ras águas do Atlântico. Estou de luto por ti, por mim - porque não merecias que o meu coração, que tanto recebeu de ti, fosse tão injusto para contigo. Que este “poeta” das águas pereça em tua honra até que o mar revoltoso se volte a acalmar e te traga até um porto calmo. Que as estrelas te saúdem, que esta terra se ajoelhe a ti e que o universo aclame o teu nome, formando-o nas estrelas, eternizando-o numa constelação.
E por te teres tornado uma pessoa essencial, tão importante para mim, afirmo convicto de que nunca quererei perder a tua grande amizade. Que a pertinente audácia da tua sensualidade, e o teu doce olhar permaneça de mãos entrelaçadas comigo para toda a eternidade (porque ela existe), porque o meu coração assim o diz.
Eu dou-te, agora, a minha mão, o meu mundo, a minha sinceridade, a minha amizade, e tudo aquilo que, hoje, o meu coração me deixa oferecer-te.
Aprendi que com os deuses não se brinca, e que existem prioridades nesta vida. Também aprendi a não tornar como prioridade quem nos torna como opção, e vice-versa (soube tão bem aplicar isto contigo), porém todos estes clichés são uma dura realidade que, por vezes, o coração não sabe ouvir.
Mas esqueçamos a realidade, esqueçamos as lágrimas e os sorrisos, os pensamentos e o que os nossos olhos vêem. Apaguemos as luzes...
E corramos de mãos dadas pela areia,
Deixa-me poder abraçar-te nas noites de lua cheia,
E poder dizer o quão importante é sentir a tua pele junta à minha,
Porque és a própria importância em pessoa.
Salve tu, salve a tua grande alma e
Um grande obrigado.
Reticências.
Não sou, nunca serei e não quero mesmo ser o centro do universo, mas quando pensei que tudo estava sobre controlo, acabei por te dar a mão e seguir pelo caminho que julguei ser o correcto para mim e para ti.
As estrelas por vezes observam os nossos passos e eu ousei desafiar o que está mais acima de mim, o que é mais forte que eu, em prol da mania que tenho de pensar que tudo controlo. Sou leão, mas não tenho controlo, nem sobre a razão nem sobre a emoção. E o caminho que juntos percorremos logo me levou de volta a um novo cruzamento através do qual eu tive que seguir o meu caminho… sem ti.
Não sei se, hoje, sou a pessoa que ontem conheceste.
Não sei se, hoje, mereci tudo o que fizeste por mim; nunca ninguém fez tanto.
Não sei se alguma vez merecerei um coração tão bom quanto o teu.
O nascer do sol trouxe hoje com ele o orvalho quente do verão de volta aos meus olhos, fez-me sentir o desconforto de alma que sentia (qual alma, se não a tinha há tempos?), fez-me ter a certeza convicta de que o que existe entre nós não merecia nem nunca merecerá a minha falta de sinceridade. Foi por isso que me ausentei, e perante a tua preocupação, avancei com o meu pedido de desculpas, que não disse, mas pensei em dizer.
A alma que de amor se ergue, perecia à tua frente, sem ele, e eu escondia-me de ti, porque talvez tivesse esperanças de que tudo voltasse a ser o mesmo. Mas como maior cego é aquele que não quer ver, deixei-me morrer atrás daquela árvore da esperança.
Porque quis Afrodite que eu visse em ti a minha salvação daquele buraco em que caía, dia após dia, se quis agora o destino que, com as forças que me deste, voltasse a seguir em frente, como se te tivesse usado para vencer mais uma batalha neste jogo do amor?
Soubeste sempre que havia outra pessoa entre nós, soubeste sempre que a outra pessoa é o amor da minha vida, que nunca a esquecerei, que nunca desistirei dela, e que no dia em que desistir, o sentido da minha existência perecerá comigo no mesmo sítio em que caía antes de me teres dado a mão.
Que o mar me leve agora o privilégio do teu sorriso, o vento, a maresia, o sal do corpo de volta p’ras águas do Atlântico. Estou de luto por ti, por mim - porque não merecias que o meu coração, que tanto recebeu de ti, fosse tão injusto para contigo. Que este “poeta” das águas pereça em tua honra até que o mar revoltoso se volte a acalmar e te traga até um porto calmo. Que as estrelas te saúdem, que esta terra se ajoelhe a ti e que o universo aclame o teu nome, formando-o nas estrelas, eternizando-o numa constelação.
E por te teres tornado uma pessoa essencial, tão importante para mim, afirmo convicto de que nunca quererei perder a tua grande amizade. Que a pertinente audácia da tua sensualidade, e o teu doce olhar permaneça de mãos entrelaçadas comigo para toda a eternidade (porque ela existe), porque o meu coração assim o diz.
Eu dou-te, agora, a minha mão, o meu mundo, a minha sinceridade, a minha amizade, e tudo aquilo que, hoje, o meu coração me deixa oferecer-te.
Aprendi que com os deuses não se brinca, e que existem prioridades nesta vida. Também aprendi a não tornar como prioridade quem nos torna como opção, e vice-versa (soube tão bem aplicar isto contigo), porém todos estes clichés são uma dura realidade que, por vezes, o coração não sabe ouvir.
Mas esqueçamos a realidade, esqueçamos as lágrimas e os sorrisos, os pensamentos e o que os nossos olhos vêem. Apaguemos as luzes...
E corramos de mãos dadas pela areia,
Deixa-me poder abraçar-te nas noites de lua cheia,
E poder dizer o quão importante é sentir a tua pele junta à minha,
Porque és a própria importância em pessoa.
Salve tu, salve a tua grande alma e
Um grande obrigado.
Reticências.
Afonso Costa, 20 de Agosto de 2009
11 comentários:
Fico estarrecida com as tuas palavras. Foi por isso que te escolhi! Adoro os teus textos, nunca pares!
Os obrigados e os pedidos de desculpa parecem-nos sempre ditos e escritos de forma banal. A sua verdadeira essência está nos olhos a brilhar e nas mãos irrequietas quando o dizemos, ou num texto assim... como o teu, em que esbocei essa mesma imagem.
um beijinho Afonso *
"Apaguemos as luzes...
E corramos de mãos dadas pela areia," uma das frases mais bonitas que já ouvi na minha vida!
O texto está fantástico, tenho a certeza que ela vai chegar a um porto seguro, e que não vai desentrelaçar as mãos das tuas tão cedo.
um beijinho *
Escreves de uma maneira tão magnifica, tão sentida..acredito que as tuas palavras sejam sinceras.
Acredita que as tuas palavras me tocaram e me emocionei ao ler o texto..não só por parecer tão verdadeiro e sentido, mas por saber para quem o é.
"Não sei se, hoje, sou a pessoa que ontem conheceste.
Não sei se, hoje, mereci tudo o que fizeste por mim; nunca ninguém fez tanto.
Não sei se alguma vez merecerei um coração tão bom quanto o teu."
Como aprecio a sinceridade da tua escrita. Este texto está brilhante e perfeita é a forma como também um pouco de mim se encaixa dentro dele, como também me revejo nas tuas palavras, não por completo mas em parte nessa história. Adorei.
E o equilíbrio entre a razão e a emoção é tão importante, tens razão, eu sei.
Conseguiste-o. Eu ainda estou a trabalhar nele :p
"(...)Também aprendi a não tornar como prioridade quem nos torna como opção(...)." - Esta está brilhante, mas a "Reticências." - está genial.
Um beijinho:)*
Fantástico =)
bjs
...escreves tão bem caramba! Olha, deste-me vontade de seguir aqui o teu blog e é isso que vou fazer! :P
um beijinho *
é tão bom ler coisas como as que escreveste no teu comentário no meu blog. É mesmo bom saber que captaram o meu ponto de vista e - melhor ainda - que concordam com ele.
"(...) que o universo aclame o teu nome, formando-o nas estrelas, eternizando-o numa constelação".
Este excerto faz sonhar e acreditar que tudo é possível de alcançar. Adoro o quão alto tu escreves, se é que me faço entender. Fazes crer na eternidade ainda que ela exista, ou não, que importa? Adorei. *
Caramba... quem lê até pensa que é de facto isto que estás a sentir... :) Sabes que escrever com base numa realidade possível é muito interessante, mas sempre arriscado... por vezes acabamos a embaralhar o que é verdade e o que não é.
As emoções por vezes descontrolam-se, de facto... sobretudo quando da caminhada fazem parte sádicas miragens... há pouco tempo, fui acometida por mais uma... retirei daí ensinamentos, de facto, fez-me crescer e perceber muitas coisas, mas tenho pena, pois tiro melhor partido das lições que me são dadas de forma positiva. Sobretudo aborrece-me quando por trás das coisas más que me acontecem existem pessoas... ainda mais pessoas em que confiei, a quem confiei até os meus sentimentos; situação rara, uma vez que quando as coisas se viram contra mim não costuma existir uma vontade de prejudicar e fazer mal por trás; é algo provavelmente inédito até aqui. E há coisas que de facto não precisávamos conhecer, na vida. São dispensáveis.
Outras vezes vemos,vemos até muito bem, mas não podemos mostrar até onde vemos, pois isso deixa-nos vulneráveis... é que quando as pessoas não aprendem aquilo que deviam aprender com os seus erros, podem muito bem voltar a repeti-los...
Sabes que nunca mais nada é como já foi... tudo muda, ainda que por vezes não pareça.
O amor não é um jogo. No amor não há batalhas.
É feio desejar aos outros coisas que não queiramos para nós. Feio e arriscado. E desejar de alguma forma a morte a outra pessoa é qualquer coisa de um pouco primário, não achas? É mais construtivo quando desejas que a Vida e o Universo, um dia, lhe dêm uma bela lição, que é para nunca mais repetir a parvoíce.
Ai, as prioridades... as prioridades... de facto, não é bonito deixar assim claro o quão pouco se percebe... e é triste de facto achar-se que se percebe tudo, sobretudo no que aos demais diz respeito (ai a falta de cuidadinho...). A minha alma de facto, pode não ser grande coisa... mas anda por aí quem a tenha ainda em pior estado.
Sabes... ao ler este texto, estou a comer daquelas coisas que já há muito tempo não comia... aquelas que dão estalinhos debaixo da língua, ai... como é que se chamam... petazetas, é isso!! :) Lembrei-me!!
Simplesmente fantástico. Sabe sempre tão bem ler-te.
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