quarta-feira, 7 de janeiro de 2009


Who are you? Where did you come from?
I don't know you anymore...





Por um puro instante, virei-me para trás, atónito, deslumbrado... O rebentar de algo que representava uma extasiante força da natureza, força que se erguia como o sol durante a manhã, força vital, de vida, de amor, de esperança, de segurança, certeza, prazer, paixão, harmonia.....

Por um mero instante, deixei o que estava à minha frente e continuei, especado, observando todas as tonalidades que todo aquele inebriante e envolvente momento criavam, despertando algo de tão maravilhoso dentro de mim.

Por um mero instante, deixei de ouvir quem estava à minha frente... Cego, surdo, mudo, viro-me para trás e espero por um novo rebentar. Toda aquela força da natureza alimentava-me de tudo aquilo de que eu precisava naquele momento. O que estava à minha frente passou a estar atrás, e eu deixei de ouvir os murmúrios.

Por aquele puro instante, tudo o que vi, senti, ouvi alimentou um sonho inexistente, envolvente mentira de puro espectáculo magistral de uma força que me iludiu durante meros segundos. Aquela força que se erguia como o sol numa brilhante manhã de céu limpo não tardou a se recolher, como o sol, no seu pôr ao fim do dia... Com a sua inigualável força de sucção, sou arrastado mar adentro.

Chegado a terra, olho em redor... Da rebentação, restou uma pedra, um coração de pedra. Veio parar às minhas mãos naquele momento.

Apanho-o e dou os passos suficientes para trás, de modo a não voltar a ser arrastado. Não consigo pensar em mais nada...

Nada.

(Onde estás tu que conheci?)

2 comentários:

Sueli Maia (Mai) disse...

Olá, Afonso.

Há uma letra de música que gosto muito e diz assim:
"É sempre bom lembrar, que um copo vazio, está cheio de ar..."

E sempre penso que a imensidão do mar, nada contém...
Que o imenso do amor que eu sinto, nada contém...

E se é assim, se for mesmo assim e, eu não for uma tola-boba.rss

O que contém? Quem nos contém? O que nos contém?

E, sigo pensando sobre a belza do mar, as belezas do amar e, para que eu possa contemplar e me sentir, em meio a tudo isto, precisarei ESTAR VIVA!

Ai, querido, eu escolho sempre viver.

Óbvio, continuo uma 'amadora' sem conserto, mas contemplo o mar, a luz de um luar, VIVA e ALEGRE em meu viver, apesar das bombas que caem, em Gaza ou perto de mim...

Beijos, Afonso.
És lindo!

Se esta foto for tua, me manda? adorei!

Anónimo disse...

Nao te quero triste*!
:x
outra vez?! :(
custa de te ver assim...
e nao puder fazer nadinha*
:S
Sempre aqui para tudo!*
Segue o teu coração!*
pensando em simultanio com a cabeça!*
:p

Beijinho*