quarta-feira, 9 de junho de 2010

Foto: pelegrino.ning.com
 - "Vamos para onde ?"
 - "Longe."
 - "E onde é que isso fica ?"
 - "Perto."*

Consigo ser racional, mesmo quando gosto de alguém, por isso, quando me levaste para longe, imaginei que pudéssemos regressar um dia. Confesso que sim... mas não tão cedo... não sozinho. Nada seria assim, de modo tão brusco e tão absurdamente doloroso, pois ensinaste-me a gostar de ti mas não a esquecer-te. E agora, só me resta procurar o caminho de volta; e sozinho o farei.

Afonso Costa

*Diálogo do filme português 98 Octanas

10 comentários:

Anónimo disse...

Estou mesmo sem palavras Afonso e até me emocionei com estas tuas palavras.
As vezes o longe torna-se perto mas isso também é relativo, por vezes as pessoas dizem isso para nos dar aquela esperança de que um dia podem regressar e assim caminharam juntos. Mas a vida e as pessoas trocam-nos as voltas e muitas das vezes temos de voltar e encontrar o caminho de volta sozinhos pode custar mas depois de o fazermos somos vencedores.

Beijinho querido *

Anónimo disse...

Pois é, por vezes correr sem rumo sabe bem, simplesmente correr para longe de tudo. Se neste caminho tivermos companhia melhor é. O problema é quando nos vemos obrigados a voltar para trás. É a parte dolorosa. Porque enquanto vamos com companhia, não observamos o que nos rodeia, e isso impede-nos de ver o caminho que estamos a percorrer...Depois quando perdemos a companhia, também não sabemos como voltar para trás, porque cegos pela pessoa que caminhava ao nosso lado, não vimos por onde iamos, para depois sabermos como voltar para trás...


Parece que nestas peregrinações faz dava sempre jeito uma companhia permanente, ou algo de maior eficiência: deixarmos pedras pelo caminho para depois as seguirmos no regresso...


Belo texto.

MiLLion

paula disse...

Mais que o caminho de volta nestes momentos é necessário que sozinhos nos voltemos a encontrar. Quase nunca estamos preparados para voltar de um sorriso. Mas quando voltamos que ninguém ouse percorrê-lo por nós. (.

Alexandra disse...

Nunca nada é como imaginamos. construimos castelos, sonhos, futuros e depois temos de limpar de nós o que resta deles sozinhos.
Beijinho *

qel disse...

«(...) ensinaste-me a gostar de ti mas não a esquecer-te».
Nunca nos ensinam a pior parte.. *

Alguém... disse...

Não deveriamos ser obrigados a aprender a caminhar sozinhos depois de uma longa caminhada acompanhados *

Mel disse...

Muito lindo(:

Anónimo disse...

Assim como há male que vêm por bem, há bem que vem por mal.

Caminhar sozinho nem sempre é fácil, mas torna-nos mais resistentes e dá-nos experiência.
Dá-nos sentido de vida.

Belo registo*

Beijinho :)

Sof disse...

Gostei do teu blog :')
Desculpa a invasão , beijinho*

Gabriela Lacerda disse...

Força para encontrares o teu caminho. Vais encontrar, não há outra hipotese.
Por vezes a nossa racionalidade confunde-se, e penso que isso não em mal nenhum :)
beijo