Um Outro Lado

A distância faz ao amor aquilo que o vento faz ao fogo: apaga o pequeno, inflama o grande.
Roger de Bussy-Rabutin.

O Natal aproxima-se, e com ele as futilidades dos presentes de Natal que se recebem e que se querem oferecer. Lá fora há festa e eu vou ter com ela. As noites são bem passadas e os dias são, apesar do trabalho que se aproxima, bastante normais. Tenho um tecto, tenho o que comer, tenho família e amigos, tenho roupa de marca, tenho festas, tenho viagens, todas as futilidades que quero. Tenho tudo... e não tenho o essencial.

Não te posso dizer, não posso e não quero. Mas a verdade é que te quero tanto. É de ti que preciso, não de mais inúteis presentes, roupas novas que apenas servirão para exibir em festas e saídas, saídas estas em que não sais do meu pensamento; dinheiro que serve para comprar mais futilidades, Cd's de música que não me serão importantes. Porque és tu a minha música, a minha maior futilidade, a minha cara metade, e serias o meu melhor presente de natal deste ano.
És tu que me compreendes, és tu quem amo e quem desejo. E serias tu o melhor presente de natal de sempre.

Mas não te posso dizer. Não te posso ter.
Vamos continuar a ser "amigos", mas fora das nossas conversas continuas a ser sempre e sempre o maior amor da minha vida. Para sempre.